Vítor Melícias

O padre franciscano português, Vítor José Melícias Lopes nasceu a 25 de julho de 1938, em Ramalhal, Torres Vedras.
A 29 de julho de 1962 foi ordenado sacerdote franciscano.

Licenciou-se em Direito Canónico em Roma, Itália, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, e em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa.
Entre 1965 e 1970, lecionou Direito Canónico no Instituto Superior de Estudos Eclesiásticos e no Seminário dos Franciscanos, em Lisboa.

Para além das suas funções como sacerdote, Vítor Melícias acumulou dezenas de cargos ao longo da sua vida, muitos deles de grande importância, sempre na área da solidariedade social.Ainda antes da Revolução do 25 de abril de 1974, ajudou a fundar a DECO (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor) e colaborou com a SEDES, mas foi principalmente a partir da Revolução de abril que Melícias começou a aparecer mais em cargos públicos. Em 1975 e 1976 chefiou quinze delegações para acordos de segurança social com dez países.

Ainda em 1974, assumiu a presidência da Liga dos Bombeiros Portugueses, cargo que ocupou durante seis anos. De 1981 a 1983, foi presidente do Serviço Nacional de Bombeiros.

Em 1983, foi eleito presidente do Conselho de Administração do Montepio Geral, onde esteve até abril de 1988. Um mês antes tinha sido empossado provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, função que desempenhou até janeiro de 1992.

Em 1991, assumiu a presidência da União das Misericórdias Portuguesas e, dois anos depois, foi eleito presidente de honra da Confederação Internacional das Misericórdias.
Desde 1998, foi membro efetivo do Comité Económico e Social da União Europeia e, em 1999, nomeado Comissário Nacional para Apoio à Transição em Timor-Leste.
Melícias integrou ainda conselhos de diversas instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Universidade de Coimbra, a Fundação Montepio Geral, a Fundação Ilídio Pinho e a Fundação da Juventude.

Ao longo dos anos recebeu vários prémios e distinções, sendo de destacar a nomeação como Grande Oficial da Ordem de Benemerência em 1983, o Prémio Nacional de Solidariedade de 1986 e a Grã-Cruz do Mérito em 1993.